Este artigo, que contempla a interface semiótica/cognição, é guiado pela seguinte questão: quais especificidades do diagrama contribuem para a cognição e para a elaboração de uma teoria da imagem? Sendo assim, delineia-se o objetivo geral de compreender processos cognitivos que envolvem ajuntamento e conexões de dados na mente humana, bem como os objetivos específicos de explicitar o conceito de diagrama para além de simples taxionomias, na perspectiva deleuzeana e peirceana; tratar da concepção de analogia enfatizando o tratamento dado por Deleuze e por Peirce; explicitar o conceito de infografia e de mapa conceitual e identifica-los enquanto diagrama, bem como buscar as modalidades de analogia que tais representações visuais propiciam e, por fim, identificar os elementos que podem ser pertinentes para a cognição e para a elaboração de uma teoria da imagem. Os aportes teórico-metodológicos envolvem, principalmente, as teorias de Charles Sanders Peirce e as de Gilles Deleuze sobre diagrama. Entre os resultados, enfatizamos que podem ser relevantes para a comunicação, tanto a identificação do potencial comunicativo/cognitivo da infografia como a proposta de uma classificação para esta modalidade de representação visual, guiada pelo tipo de analogia que desencadeia, para além das classificações que enfatizam o jogo entre aspectos verbais e visuais e a presença de supostos valores estéticos que, via de regra, são anunciados em pesquisas envolvendo o jornalismo. Para o mapa conceitual, por sua vez, também viria a possibilidade de esclarecer a relação entre esta modalidade de representação visual e a cognição, o que seria relevante para a educação, principalmente. A questão da presentidade de dados e as conexões que a mente humana estabelece com eles, em tais modalidades de representação visual, podem contribuir para elencarmos alguns pressupostos epistemológicos e classificatórios para compor uma teoria da imagem. A relevância destas reflexões estão na possibilidade de tratar de aspectos da interface semiótica/cognição, bem como por sugerir caminhos para uma teoria da imagem, valendo-se de teorias peirceanas e deleuzeanas.